Desaceleração da actividade. O volume de negócio em 2003 cresceu 4%

Cinco primeiros operadores representaram em 2003 54% da facturação sectorial

DESACELERAÇÃO DA ACTIVIDADE DAS COMPANHIAS DE SEGURANÇA: O VOLUME DE NEGÓCIO EM 2003 CRESCEU 4%

Madrid, 23 de junho de 2004-. Num quadro de evolução desfavorável da conjuntura económica e de pressão sobre os preços, nomeadamente dos serviços de vigilância, a actividade das companhias de segurança experimentou a partir de 2001 uma tendência de desaceleração, com a taxa de variação do mercado a situar-se nos 4% em 2003, face ao crescimento dos 7% registado no ano anterior. Em consequência, no fim de 2003 o volume de negócio sectorial contabilizou 600 milhões de euros.

Evolução do mercado

Após o forte crescimento registado nos fins dos anos noventa, a actividade das companhias de segurança experimentou entre 2001 e 2003 uma tendência de desaceleração, motivada pela descida das actividades de vigilância e transporte de valores no último ano. Em consequência, o mercado cresceu em 2003 à volta dos 4% (7% no ano anterior) e contabilizou 600 milhões de euros.

Os serviços de vigilância viram-se afectados pela desfavorável conjuntura económica, que provocou uma retracção da procura e um aumento da pressão sobre os preços. Neste quadro, o volume de negócio passou de 365 milhões de euros em 2002 a 360 milhões em 2003.

Relativamente ao segmento de transporte de valores, que apresenta uma considerável maturidade e penetração, após o elevado nível atingido em consequência da entrada em vigor do euro, o valor deste mercado desceu 12% em 2003, até os 64 milhões de euros.

É de salientar o dinamismo do mercado de sistemas de segurança, o qual experimentou um aumento superior aos 20% em 2003, elevando-se até os 176 milhões de euros no fim do ano.

Estrutura da oferta

O número de operadores de segurança privada manteve nos últimos anos uma tendência de aumento. No fim de 2003 existiam 92 empresas autorizadas, as quais empregavam a aproximadamente 33.000 trabalhadores. Deste total de empresas, 78 estavam autorizadas para a prestação de serviços de vigilância e 54 dispunham de autorização para operar no mercado de sistemas electrónicos. Além disso, 6 empresas tinhan autorização para realizar transporte de valores, sendo que só 5 prestavam este serviço.

Regista-se um elevado nível de concentração geográfica da oferta, com mais de 60% das empresas autorizadas sediadas em Lisboa/Vale do Tejo, e um 20% na zona Norte.

A oferta sectorial apresenta uma notável concentração num reduzido número de operadores, com as cinco primeiras empresas a reunir em 2003 54% do valor total do mercado.

Perspectivas

A recuperação da economia prevista para os próximos anos se repercutirá positivamente na procura de serviços de segurança, tanto por parte da Administração como dos clientes corporativos e residenciais. Em 2004, o volume de negócio sectorial poderá experimentar um crescimento entre os 6 e 7%, esperando-se uma taxa de variação ligeiramente superior para 2005.

A tendência de externalização de serviços na área de segurança por parte da Administração Pública e a celebração da fase final do Campeonato Europeu de Futebol haverão de ter efectos positivos sobre o mercado de vigilância, que poderá recuperar nos próximos anos a trajectória de crescimento, embora com taxas de variação moderadas.

Espera-se que o mercado de sistemas mantenha a sua trajectória de dinamismo, com acréscimos na ordem dos 15% anual no periodo 2004-2005. Relativamente ao transporte de valores, calcula-se que o mercado não superará os 3% anual nesse periodo.

Fonte: Estudo Sectores Portugal da DBK: "Companhias de Segurança"
Mais informação: DBK, S.A. Rosana Garcia Tfno: 91 435 99 11 e-mail: info@dbk.es Ver estudios sobre el Sector